CAPÍTULO UM - GRANDES AMIGOS
-Droga, eu já não aguento mais... Fala Mark ofegante
-Já está cansado? Eu aguento mais uns vinte desses monstros.
-N-não é disso que estou falando. Eu não me sinto bem.
George, experiente, olha para a perna esquerda de Mark. Ele vê que há uma bolha rocha inchada, como uma infecção.
-Droga Mark. Não acredito que você deixou uma serpente dessas te picar. Por que não me avisou antes?
-Isso não é nada. Já enfrentei ferimentos piores.
-Isso não é questão de ferimento, Mark. O veneno vai se espalhar em cerca de meia hora. Vamos, eu tiro você daqui.
-Não se preocupe. Eu estou bem.
-SEU IDIOTA! Grita George enfurecido. -VOCÊ ESTÁ ENVENENADO E NÃO PASSA DE UM PESO MORTO PARA NÓS. VÁ EMBORA!
-Você, George, é o general Branco, mestre da linha de frente. Eu, Mark, sou seu melhor amigo. E a menos que...
Na hora George o interrompe. E começa a falar ainda mais grosso.
-EU NÃO ESTOU FALANDO COMO SEU AMIGO. ESTOU FALANDO COMO SEU SUPERIOR. E, A MENOS QUE QUEIRA SER FUZILADO PELA PRÓPRIA GENERAL DOURADA, VAI OBEDECER MINHAS ORDENS AGORA. VOLTE PARA O ACAMPAMENTO AGORA!
Quando George termina de falar, um Orc pula por trás em sua direção segurando um machado. Mark pula em em sua frente e saca sua espada. Ao mesmo tempo, o machado do Orc atravessa sua armadura, e sua espada atinge exatamente a garganta do monstro. George se desespera. Desaba sobre o corpo de seu amigo. Na semana seguinte ele vai, em meio ao bosque, avisar a família de Mark sua morte. Triste e com as pernas tremendo. Ele nunca se sentiu tão assustado assim. Ele estava na porta da casa de uma senhora viúva com dois filhos. Quando ele bate na porta, ele vê a menina, que tinha cerca de nove anos, brincando com seu irmão mais novo, que parecia ter menos de um ano. A mulher atende a porta e o reconhece.
-General Branco, que prazer em vê-lo aqui. Entre, entre, venha tomar café conosco.
-Bem, o que tenho a lhe contar... Venha, não quero falar sobre isso perto das crianças.
-O que houve? Algo aconteceu com Mark.
-É sobre isso que quero lhe dizer. Ele... Mark...
-Fala logo, estou preocupada.
Desce uma lágrima do olho esquerdo de George. Zora já sabia o que havia acontecido. Ela se desespera e desaba em prantos. Enquanto seus filhos divertindo-se dentro de casa, eles dois chorando como se voltassem à infância.
É incrível como um acontecimento tão simples, como a morte, pode transformar qualquer um em uma criança, ao mesmo tempo, te fazer mais maduro e forte, apesar te estar em um momento de fraqueza.
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